Sabe aquela máxima que diz que "dinheiro não traz felicidade, mas manda
buscar"? Pois bem, essa frase famosa (e nada realista) está pra lá de
ultrapassada. Em tempos de prosperidade econômica, aumento do
crédito e presença firme das mulheres no mercado de trabalho, a receita
para uma vida feliz está em saber economizar e investir no futuro. Dinheiro no bolso, afinal, não aparece como em um passe de mágica e é preciso muita sabedoria para fazê-lo render mais.
Defina seu padrão de vida
A regra básica para poupar dinheiro é saber equilibrar renda e despesas.
A partir de uma avaliação coerente sobre os ganhos mensais, é preciso
definir então como e com o que o dinheiro será gasto. "Não adianta
querer gastar R$ 5 mil por mês se o salário é de R$ 2,5 mil. É fundamental conhecer as fontes de gastos e viver de acordo".
Com isso em mente, fica mais fácil economizar, segundo a especialista. "No fim do mês, pelo menos 10% da renda deve estar convertida em uma reserva financeira", alerta.
Organize o orçamento doméstico
Em geral, as mulheres têm uma boa noção de gastos individuais, mas não
sabem quanto cada despesa representa no orçamento doméstico total. A
elaboração de um orçamento que contemple todas elas, incluindo as
variáveis como salão, roupas e produtos de beleza, ajuda a controlar os
gastos.
"A partir dessa análise, você deve verificar onde gasta mais e o que pode fazer para economizar e atingir suas metas. Uma
dica é colocar tudo no papel ou em uma planilha. O fato de registrar os
gastos gera um compromisso com a economia, que deixa de ficar só no
plano das ideias", ensina a economista.
Estipule metas
Registrar os objetivos no papel e desenvolver um plano de ação para alcançá-los evitam o desvio de foco na economia. "As
metas são individuais, mas é possível dividi-las em curto, médio e
longo prazo. O brasileiro, por causa do histórico de inflação, aprendeu a
consumir mais do que deve com medo de um possível aumento dos preços,
mas essa preocupação está ultrapassada. Agora é possível alocar
10% do salário para comprar um carro dentro de seis meses, por exemplo,
15% para uma viagem com a família todo ano ou até mais para se comprar
uma casa. Tudo depende de planejamento".
Prepare-se para o inesperado
Perda do emprego e separação são situações que podem alterar
radicalmente a estabilidade financeira, por isso, é bom estar preparada.
"A melhor forma de fazer isso é construir uma reserva de emergência
suficiente para cobrir as despesas por um período de seis meses, que é o
tempo médio que uma pessoa leva para se reestruturar após uma mudança
no padrão de vida", explica a especialista.
O uso consciente do crédito, de acordo com ela, também é importante nessas situações de emergência. Fique atenta à última dica!
Tenha cuidado com o cartão de crédito
A facilidade das prestações é um convite ao consumo, mas é preciso ficar
atenta: crédito não é uma extensão da renda, como muita gente pensa. "O
cuidado mais importante é só usar o cartão de crédito para as compras
programadas e que têm um valor alto. Fora isso, não ande com o cartão ou deixe-o no carro quando for ao shopping!".
Por fim, o que todo mundo já sabe, mas vale reforçar: ao pagar o cartão, nada de quitar só o valor mínimo, pois os juros da fatura vão fazer a dívida se multiplicar no mês seguinte. "Não dá pra esquecer também de pesquisar os preços. A gente sempre consegue dar um jeito de pagar mais barato".
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